terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Alvinopolense

Uma cachaça produzida a mais de 25 anos, conforme disseram, em Alvinópolis-MG

Cachaça Rosa Mineira

Produzida na cidade de Inhapim - MG, também presente de Emílio

Cachaça Mansinha

Produzida na cidade de Iapu-MG, presente do amigo Emílio

cachaça Salinas

Uma clássica

Cachaça Velha Serrana

Produzida na cidade do Serro-MG

sábado, 25 de setembro de 2010

"Um gole pro santo"

O PORQUÊ DO "GOLE PRO SANTO"!

O jornalista Edson Borges, autor de uma vasta pesquisa sobre a relação entre a cachaça e as religiões, explicou em matéria ao portal Terra que o gesto de jogar um pouco da bebida no chão, antes de beber, nasceu num ritual chamado Libação, criado por gregos e romanos, e consistia em uma oferenda aos deuses para que eles provessem os lares de felicidade, harmonia e fartura.

No fim da página homenagem ao nosso padroeiro

No Brasil, a tradição passou a ser adotada graças à influência dos colonizadores portugueses. No século XVII, eles chegaram ao Recôncavo Baiano, juntamente com os jesuítas, que acabaram por dominar o cultivo da cana-de-açúcar. Além de produzir o açúcar, inventaram a aguardente.
A bebida teve o consumo imposto aos escravos, para combater o frio nos canaviais, durante o inverno, e até como estimulante para os negros considerados pouco produtivos, ou ainda quando adoeciam.
Com essa imposição de consumo da cachaça pelos negros, os portugueses também impuseram São Benedito, filho de um escravo, como padroeiro da aguardente, fazendo nascer daí uma relação bem mais ampla dos negros com o santo siciliano, a ponto de surgirem irmandades na Bahia, explica o jornalista e pesquisador.
Além da ligação com a religião católica, a aguardente também passou a ser usada em oferendas nas religiões de matrizes africanas, principalmente no candomblé. A finalidade era semelhante à da Libação: pedir proteção aos Orixás.
(copiado do site www.cachacadorei.com.br)
Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/interna/0,,OI1866826-EI8402,00.html

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Cachaça da Fazenda da Ponte

Cachaça especial, do "fundo do porão" da Fazenda da Ponte, em Itambé do Mato Dentro, presente da Marli!

Cachaça do Tobias

Agora que o Tobias de São Gonçalo do Rio Abaixo,não fabrica mais, esta é raridade!
Presente do Xexéu!

Cachaça do Tuim (carvalho)

Cachaça do Tuim, turbinada alguns meses no carvalho.

Cachaça do Tuim (Pêssego)

Cachaça branca curtindo um "pau de pêssego"

Cachaça do Tuim

Ehhhhh, Tuim é um fabricante lá do São José, distrito de São Gonçalo do Rio Abaixo.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cachaça do Cabinho


Cachaça fabricada pelo Élio Silva, o Cabinho, de São Gonçalo do Rio Abaixo, MG. Presente do produtor.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cachaça Velha Serrana

Esta é a Velha Serrana original, clássica, produzida na cidade do Serro MG.

Cachaça do Lulu

Cachaça  produzida por Lulu de Antônio Isabel, em São Gonçalo do Rio Abaixo.



Cachaça Amburaninha

Cachaça Amburaninha de São Domingos do Prata, presente do Ermelindo.

Cachaça Caminho Velho

Cachaça Caminho Velho, adquirida no Mercado Central em Belo Horizonte, produzida em Ribeirão das Neves.

HAVANA - ANISIO SANTIAGO

Havana - Anisio Santiago


A cachaça que vale mais que dinheiro
A Anísio Santiago, que já se chamou Havana, é a cachaça mais cara do País. Uma garrafa de 600 ml chega a custar perto de R$ 200. Em Salinas, norte de Minas, onde é feita, circula como moeda. O fabricante até paga os empregados com garrafas da bebida. Produção limitada, com qualidade, a tornaram rara .
A moeda forte em circulação em Salinas, uma pequena cidade do norte de Minas Gerais, já se chamou Havana e agora chama-se Anísio Santiago.

São garrafas da cachaça tida como uma das melhores do País, e sem dúvida a mais cara.

Os empregados que a produzem recebem duas garrafas por semana como salário, cada uma valendo R$ 45. Eles as vendem para o comércio local (que as espera avidamente) por em torno de R$ 70. O salário que seria de R$ 360, transforma-se em R$ 560.

Algumas das garrafas que circulam por Salinas vão parar no estoque de Paulo Roberto Mendes, dono de uma distribuidora especializada em cachaça, de Três Corações, Minas. "Tenho alguns canais, por isso consigo atender pedidos de clientes", diz. Paulo vende cada garrafa por R$ 175.

No balcão da Unha de Gato, uma badalada cachaçaria da Vila Madalena, em São Paulo, a dose custa R$ 18. Praticamente o dobro dos R$ 9 a R$ 10 que se paga, em bons bares da cidade, por dose de um scotch como o Johnnie Walker Red Label. O que há em comum entre as duas bebidas é que ambas envelhecem por oito anos.

Anísio Santiago, morto em dezembro do ano passado, começou a fabricar sua cachaça em 1943. Deu-lhe o nome de Havana e com ela conquistou fama em todo o País (e ganhou todos os concursos de qualidade de que participou). Há três anos, Anísio soube que não poderia mais usar a marca Havana. Ele nunca se preocupara em registrá-la e uma empresa estrangeira o havia feito, como nome de rum.
Em toda sua vida (morreu com 91 anos), Anísio nunca tivera qualquer pendência na Justiça. A cassação da marca Havana o indignou. Ele retirou os rótulos de todas as garrafas do estoque, que seriam substituídos por outros, com seu próprio nome. Não sobrou uma Havana. As que já estavam no comércio viraram raridade.

A Feira da Cachaça, uma distribuidora com sede em Salinas, que vende pela internet, tem algumas garrafas de Havana à venda. Preço: R$ 250. Também dispõe da Anísio Santiago (que é a mesmíssima aguardente, só muda o rótulo) por R$ 140. "As Havanas conseguimos com colecionadores", diz Melissando Norgueira, da Feira. As Anísio vêm em conta-gotas. "Só nos vendem duas garrafas por semana." Muitos moradores de Salinas guardam garrafas com a marca Havana. Alguns, na expectativa de uma ocasião especial para abri-las.

Outros, à espera de valorização e do interesse de colecionadores.

Anísio começou a vida como tropeiro, depois entrou de sócio em um caminhão e acabou ficando dono. Com ele, levava produtos de Salinas, toucinho, aguardente, para vender na região - o pobre Vale do Jequitinhonha, no sertão mineiro. Acabou comprando a fazenda que batizou de Havana, e onde começou a fabricar sua cachaça.

"Meu pai morreu pobre", diz Oswaldo Santiago, 58 anos, um dos seis filhos de Anísio e o que hoje comanda os negócios. "Ele não tinha ambição, não queria ganhar dinheiro. Seu desejo era alcançar o status de melhor produtor de cachaça do País, o que conseguiu."

Oswaldo diz que seu pai não usava dinheiro. "Quase tudo o que ele comprava, pagava com cachaça. Ela era a própria moeda, o povo não queria dinheiro."

Hoje, ainda é assim. Uma garrafa da bebida é bem recebida como pagamento.

Anísio nunca se preocupou com coisas do mercado, expandir a produção, alavancar lucros. Até o fim da década de 50 vendia a cachaça a granel, em barris, levada por negociantes para Salinas e cidades vizinhas. A partir daí passou a engarrafar o produto.

'Cachaça é que nem fumo. Só presta velha'

Um dos netos de Anísio, o economista Roberto Carlos Morais Santiago, diz sobre aquele período, em um artigo: "Como a demanda estava aumentando cada vez mais, Anísio Santiago percebeu que tinha que tomar uma decisão de mercado: ou aumentava a produção, o que poderia comprometer o padrão de qualidade adquirido, ou mantinha o nível da produção".

Optou por manter o padrão. A produção, diz Oswaldo Santiago, o filho, não chega a 10 mil litros por safra. O que resulta em 12 mil a 15 mil garrafas por ano. Oswaldo não pretende mudar o estilo herdado do pai. "Onde há oferta o preço cai. Tem que segurar, para haver procura em vez de oferta."

A Anísio Santiago, com a alma da Havana, poderia ser descrita como mitológica, tal sua fama. Qual o segredo de uma qualidade tão especial? Em uma entrevista ao jornal Diário de Montes Claros, em março de 1980, Anísio deu algumas pistas.

"Tem gente que foi alambiqueiro meu e não entende como a minha cachaça fica boa e a dele, feita igual, não presta. É que o cidadão se aperta de dinheiro e vende antes da hora. Cachaça é que nem fumo: só presta velha. Antes de um ano e meio não pode vender nem para os filhos."

Oswaldo Santiago diz que a cachaça envelhece oito anos em tonéis de bálsamo, uma madeira antes abundante na região de Salinas - mas que hoje, devido à devastação, vem de Rondônia. Depois do envelhecimento, a cachaça é passada para garrafas de 600 ml.

A cana empregada é a Java, a pioneira da época da Colonização. Roberto Carlos, o neto, filho de Oswaldo, acrescenta outros fatores que garantem a qualidade: solo calcário arenoso, clima semi-árido, altitude média de 700 metros, emprego de fermento orgânico natural "e a obsessiva higiene dos alambiques".



Reportagem copiada do Jornal da Tarde de 27/07/2003

Selo de autenticidade

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